Há quanto tempo carrego
Em mim o que perdi,
Pessoas, sonhos, meu alento,
Tudo o que um dia vivi.
A vida passa, em correria,
E eu, quieta, em contramão,
Vejo corpo e mente em agonia,
Perdendo a força, a direção.
Cada passo, uma promessa
Que o destino não cumpriu,
Onde está a sorte avessa
Que, um dia, me sorriu?
Se os sonhos desfeitos ficam,
E o cansaço me abraçar,
Me pergunto: o que se explica?
Haverá mais pra esperar?
Mas o tempo, sem resposta,
Segue em frente, sem razão.
E eu, que esperava a aposta,
Sigo apenas em ilusão.
*meu jogo de apostar*
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