Solto as amarras de um amor vão,
Nas águas do tempo, liberto a mão.
Partidas são ecos de um coração,
Que no silêncio, encontra a canção.
No sopro dos ventos, almas se vão,
Quem parte não sabe, perde a noção.
De um brilho intenso, rara devoção,
De um amor profundo, mergulho e sensação.
As ausências desenham nova cor,
No espaço vazio, nasce a flor.
Quem se afasta, deixa a sombra e a dor,
Perde a essência, o calor do amor.
E assim seguimos, leves na brisa,
O que foi, passou, não mais precisa.
Em nossos passos, a vida improvisa,
Que cada perda, nova aurora avisa.
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