Essa manhã eu vi a luz da janela entrar e não me incomodei.
Hoje sair da cama já não parecia um sacrifício e me levantei.
Era tudo como semana passada: o mundo continuava girando, a louça e boletos acumulando.
As reuniões infindáveis, mais notificações do que tempo, e uma sensação de insuficiência inerente a rotina.
Um típico retrato das responsabilidades cotidianas de quem é só.
Mas tinha algo de diferente daqui de onde eu vejo. A perspectiva é ilusória, mas é bonita.
É tão bonita que me arrancou palavras por escrito por ter me tirado o ar antes mesmo que eu pudesse falar.
Então faço silêncio e escrevo.
Porque algo faltava e eu não sabia o que era.
Você ou a poesia.
Por Paola Príncipe
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