Vamos fingir que amanhã não é dia útil? Hoje a noite eu desligo o despertador e deixo a janela aberta pra gente acordar com o sol. Você faz o café enquanto eu fico naquela minha preguicinha matinal. Depois pode me acordar trazendo beijos e a bandeja. E talvez a gente esqueça de comer porque a nossa fome era outra.
Vamos esquecer que dia da semana é e ficar de bobeira na praia? Eu levo uns livros, você traz suas perguntas, e a gente se acaba de tostar no sol só pra rir um do outro passando loção pós-sol mais tarde.
O que você acha da gente deixar os rótulos de lado e falar tudo que vier na cabeça? Sem filtro mesmo. Já parou pra pensar quanta coisa incrível estamos escondendo um do outro?
Vamos ser cafonas e entrar no primeiro karaokê cantando um pot-pourri de "Evidências" com "É o amor" em dueto? Fazer a galera cantar em uníssono e beber cerveja de garrafa até o fim do dia me parece uma ideia divertida.
"Mas por que tanta loucura?", você pergunta. Eu perguntaria de volta "por que não mais loucuras?". A gente releva quem trabalha mais de 12h por dia, tenta entender a adrenalina de quem pula de bungee jump, aceita quem se mete em jaula de leão e nada com tubarão, e tenta não julgar quem coloca arroz em cima do feijão.
De todas as loucuras do mundo eu fico com as pessoas que entregam o coração, assim, de bandeja. Se devoram de uma vez ou devolvem em pedaços, nunca é em vão.
Por Paola Principe
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