Hora de preparar o figurino, vestir as máscaras e entrar de cabeça no carnaval. A época do ano mais aguardada por muita gente, o momento onde ser feliz é obrigatório e ai de quem estiver de cara fechada no meio de um bloco de rua.
Eu gosto de ver o carnaval como um feriado de mim mesma. E acho que não sou só eu que penso assim. Afinal, que pessoa em sã consciência caminha quilômetros pelas ruas lotadas, num calor de desmaiar camelo, com cheiro de xixi e suor por todos os lados, sem reclamar e ainda achando o maior barato? Pois é. A ideia do carnaval de rua é boa, mas a execução é péssima. Mas quem liga pra execução é pelotão de fuzilamento, não a gente.
No feriado de carnaval, a gente usa máscaras, fantasias, se transforma no que quiser e ninguém liga. Em maio, se meus amigos saíssem de vestidinho, meia arrastão e batom vermelho, seriam assediados na primeira esquina. O carnaval é a desculpa que a gente precisa pra virar homem, mulher, gatinha, policial, índia e até super-herói.
São quatro dias em que é preciso ter pique de adolescente, mesmo não sendo um há mais de uma década. Andar pelas ruas da cidade, beber cerveja, fazer xixi em banheiro químico (se tiver, né?)... É quase um safari urbano, se você ainda considerar a ala feminina que foge dos machos pegajosos – espécie que se reproduz como gremlins durante o carnaval.
Mas é tudo muito divertido, afinal é apenas uma vez no ano. Libere-se de certos preconceitos e usufrua daquilo que te satisfaz. Deixe o alter ego sair pra brincar. Só não esqueça de tirar a máscara quando a quarta-feira de cinzas chegar.
Por Paola Príncipe
Publicado originalmente em garimppo.com.br
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